Pouco percebo de física, mas estou disposto a tudo para
entender o futebol português!
Na mecânica clássica, a segunda lei de Newton “é utilizada
para prever matematicamente o que o sistema fará a qualquer momento após as
condições iniciais do sistema”. Quais são elas então? Digamos um Benfica forte.
Nesse caso, é limpinho matematicamente: Benfica forte – parafernália
comunicacional e difamatória – coacção e intimidação a árbitros – órgãos
disciplinares amorfos – conivência da comunicação social próxima – erros de
árbitros e inacção de vídeoárbitros – impunidade de Felipes, Brahimis, Maxis e
outros que tais.
Socorrendo-me da mecânica quântica, “o análogo da lei de
Newton é a equação de Schrödinger” que, posteriormente desenvolvida por outros,
resultou na teoria dos muitos mundos. Trocando por miúdos, dependendo do ponto
de vista do observador, uma coisa pode ser e pode não ser simultaneamente, o
que significa que há dois estados dessa coisa. Essas duas coisas, ao poderem
ser e não ser simultaneamente, já serão quatro, e assim sucessivamente.
Portanto, aceitando esta possibilidade, que é científica,
somos azarados. Com infinitas possibilidades de sermos e não sermos, calhou-nos
um mundo em que jogadores do FC Porto gozam de impunidade grosseira, só me
restando despedir com a letra de uma musiquinha, cantada pelas criancinhas da
grande maioria dos mundos paralelos:
Apertei o pescoço ao
adversário-rio, mas o adversário-rio não morreu-eu-eu, dona Chica-ca
assustou-se-se, com o cartão, com o cartão que o árbitro não deu... miau! E sentada
à chaminé-é-é, veio um maxi-xi, desfez-lhe o pé-é-é, ou ela chora, ou ela grita,
ou vai-te embora, arbitragem maldita!
Jornal O Benfica - 17/8/2018
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