Eis o ansiado desaire portista que nos recolocou numa
posição independente para a conquista do tão almejado penta. Compete-nos agora
lutarmos até à exaustão pela conquista dos três pontos em cada jornada e, se o
conseguirmos – o que não será nada fácil –estou convicto que nos sagraremos
campeões na penúltima ronda.
Mas, neste momento, ganhar na Feira, num campo habitualmente
difícil frente a um adversário certamente empenhado, deverá ser o nosso foco.
Acredito piamente que os nossos jogadores têm esta ideia bem interiorizada,
pois foram eles os principais artificies do tetra, um feito alcançado com
qualidade, espírito de equipa e mentalidade competitiva.
Se a qualidade, que poderá variar consoante as épocas mas
que, num clube como o Benfica – este Benfica recuperado – será sempre elevada,
o espírito de grupo e a mentalidade competitiva dependem, sobretudo, de
factores internos (condições de treino e estabilidade do clube, capacidade de gestão
da equipa técnica, liderança no balneário e personalidade dos atletas). Porém,
os factores externos não são desprezíveis e estes, no contexto actual,
caracterizado por insinuações torpes e acusações infundadas detractoras do
nosso mérito, têm sido imensamente benéficos para os nossos intentos.
Atente-se às declarações recentes de Artur Moraes, em que
referiu a “campanha muito forte para desvalorizar as vitórias do Benfica (…) a
qualquer preço”. O Artur, como o Luisão, o Fejsa, o Jonas, o Pizzi e todos os
que suaram a nossa camisola, não merecem o tratamento que lhes tem sido dado.
Porque, como bem disse o presidente, os ataques não são ao fulano, ao sicrano
ou ao beltrano, são ao Benfica e o Benfica somos todos nós!
Jornal O Benfica - 16/3/2018