Era só o que faltaria agora que um mero empate hipotecasse
as nossas pretensões ao penta. Estão 42 pontos em disputa, lutaremos por cada
um deles. Porém parece-me indiscutível que dificultou a tarefa da nossa equipa.
Mas eu, enquanto benfiquista, consciente de que não ganharemos sempre, o que
espero dos nossos atletas e treinadores é que, em cada jogo, em cada treino,
dignifiquem a nossa instituição. Fizeram-no no Restelo, apesar da desinspiração
individual e colectiva na primeira parte e do mau resultado obtido. Assim
joguem sempre como na segunda metade que, mesmo sem deslumbrarem, estarão
sempre mais perto da vitória.
De positivo notei que o melhor jogador em campo, Cervi, e o
melhor jogador e goleador da equipa, Jonas, apesar de terem tido nos seus pés oportunidades
flagrantes para nos colocarmos em vantagem (e estou certo que a vitória não
fugiria) e de as terem desperdiçado, não se tornaram nos bodes expiatórios do
desaire. Principalmente o argentino, que não beneficia do lastro de admiração
dedicada ao brasileiro, o melhor futebolista estrangeiro da história do
Benfica, na minha humilde opinião. Cervi foi quem, na primeira parte, mais
tentou inverter o rumo dos acontecimentos e, nos segundos 45 minutos, quem de
facto mais influência teve na inversão conseguida. Merece o meu aplauso!
P.S.1 Jonas, com 89 golos, igualou Valadas e passou a ser,
ainda somente na quarta temporada de águia ao peito, o 11º melhor marcador de
sempre do Benfica no Campeonato Nacional.
P.S.2 Afinal, a Taça da Liga é uma competição importante.
P.S.3 Bruno de Carvalho afirmou que qualquer “monte de
esterco é livre de fazer denúncias”. Tem toda a razão!
Jornal O Benfica - 2/2/2018