sábado, 24 de fevereiro de 2018

Capelada


Assistimos a um autêntico “roubo de capela”. O golo fora de horas, parecendo que o jogo só terminaria quando o Sporting marcasse, deveria constar nos compêndios das más arbitragens. A incompetência de Capela é gritante, a que se lhe junta a permeabilidade à pressão de outrem e a indisfarçável ausência de critérios uniformes. Por exemplo, o que foi feito do rigor que o levou a expulsar Cardozo no estádio da Luz por dar uma palmada no relvado, na celebração de Coates, ao despir a camisola sem que tenha sido admoestado com o segundo amarelo? E daquele que, em Olhão, resultou no único vermelho directo da carreira de Aimar?

O vídeoárbitro, com Capela, é manifestamente insuficiente. É também necessário o vídeorelógio e, sobretudo, o vídeopudor. “Capela é Capela” e pior insulto não lhe poderia dirigir.

Entretanto, no twitter oficial do Sporting logo após a partida, foi manifestado regozijo pelo golo apontado “aos 95 minutos”. Sim, 95, leu bem, e não aos 98, como todos, talvez excepto o inefável Capela, viram. Assim se entende o apelo de Bruno de Carvalho para que os sportinguistas apenas leiam, oiçam e vejam os meios de comunicação do seu clube. Eles, orgulhosamente sós, confortavelmente refastelados na fantasia de que a culpa dos seus insucessos é sempre do Benfica, julgam que se tornarão imunes à cruel realidade de que, do outro lado da segunda circular, há um clube maior e melhor, cujos adeptos, ao contrário deles, agora calados que nem lagartos, não sentem a necessidade de se tornarem arautos da verdade desportiva somente quando lhes convém.

P.S. Parabéns à nossa equipa de atletismo! Já dizia Cosme Damião: “(…) no futuro a dedicação goleia o dinheiro”.

Jornal O Benfica - 23/2/2018

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