É de certa forma fascinante observar como certas mentes pensantes laboram. Demos 5-0 nos Açores ao Santa Clara e há quem permaneça no intervalo, variando entre lamúrias e contentamento, consoante as cores, pela putativa má exibição da nossa equipa no primeiro tempo.
Pelo caminho escamoteiam a goleada e o ciclone benfiquista dos
Açores na segunda parte e contribuem para a ideia falsa de que o Benfica foi
inferior ao Santa Clara no primeiro tempo (a incapacidade para se superiorizar
não implica, necessariamente, que se seja inferior), além de fingirem ignorar
que os jogos têm 90 minutos mais tempos adicionais e de não reconhecerem qualquer
mérito aos açorianos, que souberam muito bem, naquele período do jogo, como
condicionar as manobras ofensivas do Benfica, sem nunca deixarem de espreitar a
possibilidade de transições rápidas.
O mais curioso é que, há algumas semanas, após o embate caseiro
com o PSV, os mesmos fizeram tábua rasa de 45 minutos também, mas os primeiros.
Aparentemente, é à (má) vontade do freguês.
Disse-se então que o Benfica fora dominado pelos
neerlandeses e que se poderia dar por feliz por ter vencido por 2-1. Não lhes ocorreu
destacar, no entanto, que o Benfica chegara ao intervalo a vencer por 2-0 com
justiça frente a um valoroso adversário, assim como parecem de somenos os constantes
assaltos benfiquistas à baliza adversária no segundo tempo nos Açores.
Uns por receio, outros por desdém, aqueloutros por ódio,
todos resvalam para o botabaixismo. Não merecem sequer o papel de motivadores
inadvertidos, seria dar-lhes a importância que não têm. É deixá-los falar,
desmascarando-os sempre, e continuarmos, semana após semana, a fazermos por
ganhar.
P.S.: Acabámos de empatar em Kiev, num jogo inteiramente
dominado por nós. Aguardo críticas infindáveis aos ucranianos…
Jornal O Benfica - 17/09/2021
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