Escrevo antes da estreia da série “300 Dias” da BTV e são enormes as expectativas que deposito neste conteúdo.
Não é para menos: 11 episódios (!) idealizados pelo
jornalista da BTV Ricardo Soares, o que, por si só, é garantia de qualidade,
com imagens recolhidas por André Araújo, o mesmo dos múltiplos magníficos
vídeos dos bastidores da nossa equipa de futebol, uma novidade ainda recente e
que em muito nos enriquece enquanto adeptos.
Sou um razoável conhecedor da oferta de documentários sobre
futebol e nunca vi um centrado exclusivamente na questão das lesões graves,
desde que um futebolista a sofre até que a debela e regressa à competição. E é
estranho, devo dizer.
Tive a oportunidade de acompanhar de perto alguns processos
desta índole, nomeadamente de basquetebolistas do Benfica, e percebo
cristalinamente, por exemplo, as amizades profundas geradas entre atletas e
fisioterapeutas, bem mais sólidas, em muitos casos, que entre colegas de
equipa. O Benfica, através de André Almeida, dá-nos a conhecer esta faceta,
entre outras, que quase todos desconhecem, prestando assim um autêntico serviço
público.
E esta é uma componente da comunicação do clube que merece
ser destacada e muito elogiada.
Tem sido notório o esforço de aproximação aos adeptos,
abrindo as portas ao “balneário” e, com isso, humanizando aqueles que, pelo
honroso e exclusivo papel que desempenham – representar o Benfica no relvado –
inevitavelmente são colocados num pedestal, tornando-se inacessíveis. Quebrar
as barreiras é reforçar a ligação entre jogadores e adeptos, valorizando-se,
pelo caminho, o produto futebol em função de uma opção clara pelos
protagonistas em detrimento das recorrentes e estafadas questiúnculas do
futebol português. Obrigado!
Jornal O Benfica - 3/9/2021
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