Recupero o tema porque, exibidos sete episódios no momento em que escrevo, justificam-se (pelo menos) duas considerações.
Desde logo a constatação da extraordinária qualidade da
série, ao nível das melhores produções internacionais. Agarra ao ecrã, é inovadora,
bem escrita e muitíssimo interessante dos pontos de vista humano, futebolístico
e benfiquista. Uma verdadeira pedrada no charco que muitos fazem da comunicação
no futebol português.
O que me leva ao segundo ponto. Até agora (3ª feira), uma
das minhas expectativas tem sido defraudada. Há anos e anos que, ciclicamente,
oiço e leio responsáveis da comunicação social desportiva clamarem por mais
conteúdo e menos barulho por parte dos clubes.
Porém, não sei exactamente o que me levou a esperar destes a
gratidão e elogios ao Benfica pelas portas do balneário abertas e o
protagonismo dado a quem é, de facto, protagonista.
Afinal, são eles quem sempre tiveram o poder de decidir o
que realçar no quotidiano futebolístico português, optando invariavelmente por
temas laterais e alimentando assim uma polémica permanente em nome duma fórmula
supostamente vencedora nas vendas.
Não estão distraídos, pois há referências mínimas diárias a
pormenores de cada episódio. E é estranho! Eles deveriam ser os primeiros, por
interesse próprio caso tenham criatividade e vontade de aproveitar a onda, a
estimular este posicionamento da comunicação do Benfica, que nem sequer é novo,
apesar de pouco referido, uma vez que desde o lançamento do BPlay que se
sucedem os conteúdos até há uns anos inimagináveis.
Esta série, reitero, notável, trata-se somente do pináculo
duma política comunicacional merecedora dos maiores encómios. E são os adeptos quem
ganham com isso. Parabéns!
Jornal O Benfica - 10/9/2021
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