A visita ao FC Porto, hoje no Dragão como, no passado, nas Antas, no Lima, na Constituição ou no Ameal, é a deslocação mais difícil do ponto de vista estatístico. São já 113 jogos em competições oficiais na qualidade de visitante, nos quais somámos apenas 18 triunfos e 28 empates. Ou seja, perdemos quase 60% dos jogos.
Tendo em conta a tendência negativa, convém recordar que
esta sempre existiu (a primeira vitória num jogo “oficial” só surgiu à 14ª
oportunidade – apenas três empates anteriores), o que não nos impediu de
triunfar em 2011, 2014 (2) ou em 2019.
Torna-se até interessante constatar que, após uma sequência
horrível de 19 jogos sem vencermos (e de ganharmos apenas uma vez em 35 desafios),
obtivemos cinco vitórias e cinco empates nas últimas 19 partidas, com uma
percentagem de derrotas abaixo dos 50% (bem melhor que os 62% verificados nos
94 jogos anteriores. Se reduzirmos a análise às últimas dez épocas, celebrámos
quatro vitórias e empatámos três vezes em 13 jogos.
Partindo do princípio, que não é certo, de que as
condicionantes outrora recorrentes não se verificarão desta feita, este é um
jogo que, à luz dos resultados na última década, qualquer desfecho é possível.
Incluindo ganharmos, não obstante a vantagem teórica do FC Porto por jogar em
casa.
De uma coisa tenho a certeza: só as equipas mentalizadas
para a obtenção de triunfos poderão alcançá-los. E eu não vejo qualquer razão,
nem sequer o facto de não termos sido felizes na recente Supertaça disputada
pelos dois clubes, para que a nossa equipa não entre hoje à noite, no Dragão,
mentalizada que somará três pontos nesta jornada. Até porque uma derrota não
significará o abandono da corrida pelo título...
Jornal O Benfica - 15/1/2021
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