Contra as expectativas, a época prossegue aquém do esperado. O regresso de Jorge Jesus entusiasmou por uma razão concreta – o seu percurso no clube justificou-o. E o plantel, composto por uma esmagadora maioria de campeões nacionais em 2019, foi reforçado por vários jogadores de craveira internacional, o que, mesmo para os que não prestam o reconhecimento devido a Jorge Jesus, ou simplesmente não o apreciam por qualquer motivo, foi garantia bastante para a crença de que teremos uma época bem-sucedida no futebol.
Convém, neste momento, salientar o óbvio: muito há por
disputar. Foi cumprido pouco mais de um terço da Liga NOS e estamos a quatro
pontos da liderança e continuamos em prova nas taças, incluindo a Liga Europa (o
insucesso no apuramento da pré-eliminatória da Liga dos Campeões já lá vai e
houve circunstâncias especiais – um jogo apenas, o primeiro da época, e em casa
do adversário; sobre a Supertaça escrevi há uma semana).
Como tal, são extemporâneas as análises que dão como facto
consumado que 2020/21 será para esquecer, mesmo que o tenha de ser.
Há várias causas que contribuem para este momento.
Futebolísticas, sendo que há opiniões variadíssimas e divergentes sobre treinador
e plantel, mas também derivadas do calendário, pela pré-época mais curta e por
não haver tempo para treinar dada a presença em todas as competições (Jorge
Jesus é sempre muito elogiado pela qualidade do treino); e físicas, com vários
lesionados e ainda mais os afectados pela Covid-19, obrigando a paragens e
subsequentes quebras de forma, já para não referir o lado mental.
Resta-nos esperar que nossa equipa consiga superar as
adversidades e ganhe rapidamente a consistência que lhe tem faltado.
Jornal O Benfica - 8/1/2021
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