Na semana passada, antes do jogo no Dragão, apesar de considerar que todos os jogos começam 0-0 e que o seu desfecho pouco ou nada é condicionado por resultados anteriores, entendi que seria útil referir o histórico recente de partidas entre FC Porto e Benfica naquele estádio para desmistificar a ideia, imensamente explorada pela comunicação social, de que o Benfica entraria derrotado no Dragão.
Não só não entrámos derrotados, como não o fomos. E mais:
passados estes dias perdura o sentimento de perda de dois pontos tal foi a nossa
superioridade na partida, o que merece ser realçado.
Até porque foram evidentes, durante o jogo, as manobras
dilatórias dos portistas na preservação do empate (desde a rábula clássica do
engano do número do jogador que deveria ser substituído, a substituições nos
descontos, súbita greve de zelo de apanha-bolas ou perda de tempo nas
reposições...), e também no pós-jogo, com Sérgio Conceição a tentar criar uma
narrativa que, primeiro, disfarçasse a inferioridade da sua equipa no jogo,
segundo, que condicionasse o desafio seguinte frente ao Benfica.
Jorge Jesus afirmou várias vezes e de variadas formas, tanto
na entrevista rápida como na conferência de imprensa, que o Benfica perdeu dois
pontos. Sérgio Conceição, delirante se sincero, hipócrita se intencional,
aludiu a um pretenso contentamento benfiquista pelo empate. E depois enveredou
por uma simulação de vontade de evitar críticas explícitas à arbitragem, como
se tivesse razões para fazê-lo. Patético! É impressionante como, para aquela
gente, qualquer boa arbitragem num jogo que não lhes corra de feição passa a
ser automaticamente má. Não é defeito, é feitio. É tacticismo bacoco e
miserável. É o habitual.
Jornal O Benfica - 22/1/2021
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