Que não reste qualquer dúvida: o Benfica bateu-se muito bem
contra um adversário dificílimo na meia-final da Taça da Liga. Este adversário,
exibindo-se ao nível que demonstrou na passada terça-feira, é praticamente intransponível.
O modelo táctico parece estranho, mas o futebol resume-se à eficácia.
Com Xistra ao meio, apoiado, nas alas, por Nuno Pereira e
Rui Teixeira, Rui Costa a jogar por fora e Fábio Veríssimo e André Campos na
retaguarda, o nosso adversário, sob a orientação de Fontelas Gomes e o respaldo
emocional e carreirista, embora, acredito, imaterial e estranhamente casto
quanto aos prémios, pois já não estamos nos anos 90, de Pinto da Costa, condicionou
a nossa equipa ao ponto de não ter transformado em golo um golo limpo.
A exibição do adversário, como digo, foi eficaz. A
cheerleader Freitas Lobo aprovou. Fale-se em futebol, não em casos, foi o
slogan. E como escrevo imediatamente ao desfecho da partida, só poderei tentar
adivinhar, mas com elevada probabilidade de acerto, que a claque não oficial do
nosso adversário, curiosamente chamada “Tribunal do Jogo” e sempre fervorosa no
apoio a exibições destas, aprovará explícita ou implicitamente as, por certo,
dificílimas intervenções técnicas e tácticas na partida. E para Pedro “foi uma
festa” Proença, tudo estará bem, assim haja brilhantina.
Haverá alguma explicação plausível para Xistra ter visto e
revisto o lance do golo de Rafa, cuja intervenção de Seferovic foi claramente
legal, mas não ter pelo menos reavaliado a falta óbvia sobre Gabriel no
primeiro golo portista? Ou até o eventual empurrão de Marega a Grimaldo no
segundo? Sobre o golo anulado, nem peço explicação, ainda vou parar a um manicómio...
Jornal O Benfica - 25/1/2019
Sem comentários:
Enviar um comentário