quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Apito dourado, versão 7 ou 12, já perdi a conta

É quase pecaminoso, em semana do décimo aniversário da BTV, para a qual me é oferecido o privilégio do meu contributo, dedicar este espaço a um dos aspectos mais reles do futebol português: a arbitragem.

Creio, no entanto, que o momento o justifica, não fosse, mais uma vez no passado fim-de-semana – sublinho, mais uma vez – ter sido comprovado que este desporto, em Portugal, é vítima da incompetência (selectiva?) da generalidade dos árbitros nas suas diversas funções. Acresce que os famigerados árbitros portugueses, talvez precisamente por muitos deles actuarem incompetentemente com assustadora regularidade, aparentam serem permeáveis às reiteradas tentativas de condicionamento, directas ou indirectas, de que são vítimas neste lodo que alguns teimam em afundar cada vez mais o nosso futebol. Mais fascinante é verificar que esses árbitros perduram no primeiro escalão – será esse o objectivo da não divulgação atempada dos critérios de avaliação dos árbitros?

Evidentemente, jogar bem à bola é sempre o melhor antídoto para este flagelo, se bem que nem sempre eficaz, reconheça-se... Ainda assim, há alguma equipa portuguesa que, nesta época, se tenha evidenciado nesse aspecto? A resposta é um irrefutável não. A actuação de Carlos Xistra em Setúbal, cujos erros foram demasiado numerosos para que os possa enumerar em tão exíguo espaço de opinião, tratou-se somente de mais um triste capítulo desta longa e repetitiva novela, cujos pontos altos ocorreram, pelo menos e sempre a favor do mesmo, nos jogos que o FC Porto defrontou V. Guimarães, Belenenses, SAD, Feirense, Boavista e Portimonense. Pobre futebol português...

 Jornal O Benfica - 14/12/2018

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