No último fim de semana assistimos a várias exibições de acordo com as expectativas.
O Benfica, após um jogo muito bem conseguido frente ao
Braga, pecando apenas, mas gritantemente, na finalização, chegou a Portimão,
viu e goleou. Li e ouvi amiúde que o Benfica se apresentou contra o
Portimonense como o fizera ante o Braga, mas a diferença residira na capacidade
do adversário, daí os resultados distintos. Discordo desta ideia. A diferença
residiu, isso sim, na eficácia benfiquista. Talvez o Braga não sofresse cinco
golos, mas no mínimo três não chocaria quem quer que tivesse visto a partida.
O FC Porto ganhou de aflitos ao Casa Pia. E nada fez em
grande parte do jogo para ter uma noite descansada. Sem brilho, sem
competência, lutou e ganhou. Às vezes ganha sem brilho, sem competência e até sem
luta, mas tem estrelinha, com ou sem insígnias FIFA.
Sérgio Conceição deu mais um show no banco. Se fosse há uns
150 anos e o treinador do FC Porto tivesse a sorte de ser descoberto por Phineas
Taylor Barnum, o fundador do “Maior Espectáculo do Mundo” em Nova York, teria,
apesar do oceano de distância, um emprego pós-laboral garantido. Seria, por
certo, uma das atracções mais apreciadas do mais famoso circo de aberrações de
que há memória. Mas conviria que aquele indivíduo que não me ocorre agora o
nome, aquele que continua a frequentar relvados sem açaime, estivesse suspenso
quando P.T. Barnum fosse em missão de prospecção ao estádio do dragão. Caso
contrário, e por incrível que possa parecer, Sérgio Conceição seria preterido
por outra figurinha ainda mais patética e lá se ia o biscate.
E que exibições desejo neste fim de semana que se avizinha?
É simples.
Que o Benfica seja Benfica e o Sporting seja Sporting. A
acontecer, teremos mais hipóteses de ganhar. E que o FC Porto continue a ser o
FC Porto habitual desta época. Talvez, se o deixarem, tenha azar.
Jornal O Benfica - 19/5/2023
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