Saí do estádio frustrado com o resultado, mas convicto de que, a manter-se o nível exibicional patenteado ante o Portimonense, só por mero acaso voltaremos a perder pontos no Campeonato. O difícil será jogar sempre assim.
Enquanto lamentava o desaire e contava as oportunidades de
golo perdidas, dei por mim a discordar, por antecipação, das esperadas alusões
ao mérito do Portimonense.
Recuemos umas semanas até Eindhoven e lembremo-nos de como o
Benfica, reduzido a dez, tapou os caminhos da baliza exemplarmente, sem recurso
ao antijogo ou a faltas recorrentes. O Portimonense não é o Benfica, mas só por
paternalismo, que recuso, se pode atribuir mérito aos algarvios face ao que se
passou em campo.
Paulo Sérgio foi digno ao reconhecer que não se conquistam
pontos sem sorte no estádio da Luz, implicitamente assumindo que o triunfo da
sua equipa se deveu também ao acaso, o que é raro e deve ser enaltecido. Não se
pode, porém, escamotear o antijogo praticado pelos alvinegros, além de que só
por infelicidade e desinspiração próprias o Benfica não goleou, o que significa
que, sim, o Portimonense defendeu bem em alguns momentos e houve defesas
milagrosas do guarda-redes e defensores, mas outros houve em que só a inépcia
em frente à baliza inviabilizou uma goleada benfiquista.
O desfecho do jogo resumiu-se à ineficácia do Benfica.
Tivéssemos nós chegado à vantagem e não mais os jogadores do Portimonense
atrasariam reposições de bola ou se prostrariam no relvado acometidos por
supostas lesões que de grave tiveram somente a irredutível complacência de Fábio
Veríssimo, um árbitro inútil e manifestamente desajeitado para dirigir um jogo.
Continue assim a nossa equipa e não duvido que seremos campeões.
Jornal O Benfica - 8/10/2021
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