Como os terramotos, a detenção do presidente Luís Filipe Vieira pode ser medida sob duas perspectivas. Assim, por muita elevada que seja a magnitude (Richter), enorme e sem precedentes, importa sobretudo minimizar, tanto quanto possível, as consequências do abalo (Mercalli modificada).
A avaliação da culpabilidade de Luís Filipe Vieira competirá
à justiça. Conhecemos, para já, os ecos de uma acusação, o pedido de suspensão
do mandato, medidas de coacção e a substituição, no cargo, por Rui Costa. E
temos o contexto em que estamos inseridos.
Com a temporada em fase de preparação e ultimação das muitas
equipas do clube, acrescendo a emissão em curso de um empréstimo obrigacionista
pela Benfica SAD, torna-se essencial que “a máquina” não emperre, pois
independentemente das várias sensibilidades entre os associados benfiquistas, deve
haver o denominador comum do desejo de que o Benfica consiga preservar a
estabilidade institucional, financeira e desportiva. Tudo deve ser devidamente
ponderado em função dos superiores interesses do Sport Lisboa e Benfica.
Vencer sempre o maior número de títulos possível é uma
aspiração imutável inerente ao benfiquismo, logo aplicável também à presente
temporada, sendo que no curto prazo teremos igualmente o importante desafio,
tanto desportiva como financeiramente, de assegurar a presença na fase de
grupos da Liga dos Campeões.
É essencial dotar todas as nossas equipas das condições que
lhes permitam vencer. Conforme escrevi na semana passada, tendo por base
informação oficial e oficiosa propalada pela comunicação social, tenho a
convicção de que, de forma genérica, estão a ser dados passos nesse sentido. A
frase chave é “o Benfica não pára”. Nunca nos esqueçamos disso.
Jornal O Benfica - 16/7/2021
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