segunda-feira, 19 de julho de 2021

Em choque

Como os terramotos, a detenção do presidente Luís Filipe Vieira pode ser medida sob duas perspectivas. Assim, por muita elevada que seja a magnitude (Richter), enorme e sem precedentes, importa sobretudo minimizar, tanto quanto possível, as consequências do abalo (Mercalli modificada).

A avaliação da culpabilidade de Luís Filipe Vieira competirá à justiça. Conhecemos, para já, os ecos de uma acusação, o pedido de suspensão do mandato, medidas de coacção e a substituição, no cargo, por Rui Costa. E temos o contexto em que estamos inseridos.

Com a temporada em fase de preparação e ultimação das muitas equipas do clube, acrescendo a emissão em curso de um empréstimo obrigacionista pela Benfica SAD, torna-se essencial que “a máquina” não emperre, pois independentemente das várias sensibilidades entre os associados benfiquistas, deve haver o denominador comum do desejo de que o Benfica consiga preservar a estabilidade institucional, financeira e desportiva. Tudo deve ser devidamente ponderado em função dos superiores interesses do Sport Lisboa e Benfica.

Vencer sempre o maior número de títulos possível é uma aspiração imutável inerente ao benfiquismo, logo aplicável também à presente temporada, sendo que no curto prazo teremos igualmente o importante desafio, tanto desportiva como financeiramente, de assegurar a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.

É essencial dotar todas as nossas equipas das condições que lhes permitam vencer. Conforme escrevi na semana passada, tendo por base informação oficial e oficiosa propalada pela comunicação social, tenho a convicção de que, de forma genérica, estão a ser dados passos nesse sentido. A frase chave é “o Benfica não pára”. Nunca nos esqueçamos disso.

Jornal O Benfica - 16/7/2021

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