Honra a quem a merece: a nossa equipa de voleibol é extraordinária e revalidou o título nacional com enorme mérito e maior competência. Cilindrou o Sporting nas meias-finais em três jogos e aplicou a mesma receita ao Fonte do Bastardo, qual ciclone devastador das pretensões dos açorianos. Na fase decisiva da temporada, seis triunfos em seis jogos, nenhum set perdido na final. Fabuloso!
Desonra a quem se põe a jeito: a postura da Federação de
voleibol foi, nesta final, inqualificável. Não haver taça entregue ao campeão
e, ainda mais grave, não haver um único dirigente presente no pináculo das
competições nacionais é incompreensível. A explicação dada pela FPV só adensou
a ideia de estarmos perante um dos mais lamentáveis episódios recentes no
desporto português. O contexto pandémico, ao contrário do manifestado pela
federação, não justifica a ausência. Ambas as equipas viajaram, também os
árbitros e outros o fizeram, repetindo aquilo que todos os intervenientes na
modalidade praticaram ao longo da temporada, expondo-se ao vírus em prol do
voleibol. Com esta decisão, os dirigentes federativos não fizeram mais que
demonstrar um profundo autismo quanto ao papel que lhes é confiado, um gritante
amadorismo e um manifesto desrespeito por quem tanto se dedicou ao longo do
ano.
E um aspecto lateral, mas que conviria acautelar: ao
comentador das transmissões da RTP Açores (nada a apontar aos jornalistas) só
lhe faltou os pompons para parecer cheerleader afecto ao clube da casa. Não foi
desrespeitador para com o Benfica – e era só o que faltava – mas há limites
para o sectarismo. Ainda duvidei se não estaria a ver uma emissão da Fonte do
Bastardo TV...
P.S.: Tivemos um penálti a nosso favor no campeonato!!!!!!!
Jornal O Benfica - 9/4/2021
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