O declínio vertiginoso da carreira de Pepe é evidente: Ao
serviço do Real Madrid, pontapeou um adversário deitado no relvado; Em Janeiro,
pontapeou a canela do irrequieto João Félix e deixou-se cair prostrado na relva
a contas com dores imaginárias; No sábado passado, perante a ameaça da
aproximação do irrequieto João Félix, pontapeou a atmosfera, fez uma acrobacia
apalhaçada e contorceu-se de dores, também imaginárias – louve-se a
criatividade – tendo ainda a energia para, num acto fingido de extraordinária
superação, insultar o adolescente Félix. Indiferente a estas tropelias de um
reformado activo, o presente e futuro do futebol português limitou-se a sorrir
e a ignorar o resquício de um outrora grande jogador, apesar da sua latente e
nunca perdida deslealdade com colegas de profissão. Venha o próximo, pareceu
pedir Félix.
Entretanto, os Goebbels de algibeira portistas já entraram
em acção, achando que o mundo cristalizou e que o Benfica actual, com vários
campeões no seu plantel (alguns tetra e vários tri), não saberá lidar com
tentativas bacocas do uso de psicologia invertida.
Não, caros imprestáveis, ninguém no Benfica acha que se pode
encomendar já as faixas de campeão. Todos sabemos que serão dez árduas finais e
que, a nós, por muito que vos possa parecer estranho – lá saberão como se
“fazem as coisas” – ninguém nos dá nada. Não deixa, no entanto, de ter uma
certa piada que gente afecta ao clube mais vídeo ajudado na primeira volta do campeonato
e que desperdiçou nove pontos para o agora líder Benfica, ache que a pressão estará
no lado de quem recentemente celebrou um tetra e que, nos últimos dois meses, tem
demonstrado cabalmente que é muito melhor...
Jornal O Benfica - 8/3/2019
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