De uma primeira leitura do orçamento do SLB para a próxima
temporada, destaco, desde logo, a estabilidade do resultado positivo, de cerca
de 6 milhões de euros. Tem sido esta a tendência das últimas temporadas, o que
nos permite encarar o futuro com optimismo. Entre as várias componentes do
orçamento, há duas que me merecem, sempre, maior atenção: Quotização e
investimento nas modalidades.
Quanto à primeira, o crescimento sustentado das receitas de
quotização é assinalável. Ano após ano, e sem aumentos do valor da quota, é
estabelecido um novo recorde: 14.6M€ em 2015/16; 15.8 em 2016/17; 16.4 em
2017/18 (previsão); 16.6 em 2018/19 (orçamentado). Esta tendência é fruto de
uma política comercial agressiva (promoção e segmentação), da implementação de
instrumentos de retenção dos associados e do estabelecimento de parcerias
resultantes em vantagens para os sócios. É preciso ter em conta, no entanto,
que estes montantes verificaram-se em temporadas de sucesso no futebol, o que
me desperta a curiosidade para perceber se, na próxima temporada, se conseguirá
atingir o valor orçamentado. A previsão para a época agora finda é um indicador
favorável.
Relativamente às modalidades, folgo em verificar que o
investimento tem crescido sem que a sustentabilidade económica e financeira do
clube seja colocada em causa (aumento de 1.7M€). Apesar da desapontante época
desportiva, estivemos em todas as decisões e, tendo em conta o pecúlio obtido
na última década, trata-se de um ano atípico. Muito honestamente, prefiro ter
um ou outro ano atípico que, em prol de um eventual sucesso esmagador imediato,
eventualmente hipotecar várias épocas futuras. Estamos no bom caminho!
Jornal O Benfica - 8/6/2018