terça-feira, 12 de abril de 2022

Liga dos Campeões

Escrevo antes do jogo com o Liverpool, quase a sair de casa para o estádio. Das muitas extraordinárias sensações que a paixão e devoção pelo Benfica me proporcionam, esta do inabalável optimismo, por vezes manifestamente irracional, é uma das minhas preferidas. Vejo muito futebol, conheço aprofundadamente o Liverpool, acho escassas as reais possibilidades do Benfica passar a eliminatória e, não obstante, acredito que são essas as que se concretizarão.

Neste momento que ultimo a ida para a Luz torna-se indiferente o resultado que vier a acontecer, só importa a crença num Benfica à Benfica, à ideia de Benfica que todos ambicionamos. Após o apito final serei ainda um pouco mais benfiquista do que sou agora, pois passaram mais umas horas de benfiquismo. Não é lirismo, é mesmo assim.

E as hesitações neste estado de espírito desaparecem ao mínimo bálsamo. Hoje foi a leitura de uma entrevista a Rodrigo Magalhães, coordenador técnico da nossa formação. Ele, como todos os benfiquistas, sonha com uma nova conquista europeia. E eu, ao ler esta manifestação de crença, renovei a minha e lá irei ao estádio a acreditar que é possível. E porque não?

Claro que os tempos mudaram, o fosso aumentou entre os clubes dos chamados Big5 e os restantes e à primeira mostra de qualidade excepcional os chamados tubarões atropelam-se para assegurar o contributo dos artificies do sucesso, mesmo que moderado. E os jogadores, por muito que sintam o clube, subordinam as decisões de carreira à componente financeira, algo que compreendo e aceito com naturalidade. Mas por ínfimas que sejam as nossas possibilidades, compete-nos, a cada época, tentar aumentá-las e lutar por elas. Lutaremos!

Jornal O Benfica - 8/4/2022

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