quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Vergonha em Portimão


Disse o escritor Knausgård, no seu “Outono”, que “a vergonha é como um cadeado, mantém fechado o que deve estar fechado”. Se houvesse decência, um cadeado seria pouco para Rui Costa e Vasco Santos, o árbitro e o vídeoárbitro do Portimonense-Porto, ou um deles, pela vergonha que sentiriam por aquele penálti assinalado a favor do Porto em Portimão.

Quantos cadeados, correntes e coletes de força necessitariam caso reconhecessem o erro? No mínimo, tantos quantos Houdini usou no seu famoso número de ilusionismo (um pedido de escusa da arbitragem durante umas semanas seria o único “cadeado” que mereceria respeito da minha parte).

De facto, só os mais experimentados ilusionistas far-nos-iam acreditar que Jadson tem um braço que, como todos os outros, começa no pulso, mas que, incrivelmente, termina no tórax. Só Rui Costa e Vasco Santos, ou um deles, os propagandistas portistas, os fanáticos, um ou outro idiota útil e as mais resilientes e desavergonhadas caixas de ressonância na comunicação social fingem ter visto o que não existiu. E, sendo que a Liga alardeia o “grande investimento” no vídeoárbitro, não é crível que Vasco Santos não tivesse, à sua disposição, imagens dos mesmos ângulos que a Sporttv, os quais demonstram inequivocamente a inexistência de falta.

Com este lance, e o diligente e escrupuloso tempo adicional do tempo adicional da partida, além da não menos inacreditável expulsão injusta de um jogador vimaranense no primeiro minuto do Porto-V.Guimarães, espero não estarmos a assistir a uma reposição da primeira volta da temporada passada, sobre a qual esta e todas as colunas deste jornal não chegariam para descrever os erros de arbitragem favoráveis ao Porto.

Jornal O Benfica - 20/9/2019

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