Por razões familiares, em tempo de pandemia, teletrabalho, semi confinamentos, quarentenas e afins, é na Escócia que tenho passado a maior parte do tempo desde finais de Agosto. Festejei o sorteio que juntou Rangers e Benfica perante a possibilidade de poder ver ao vivo o Benfica neste país, embora cedo tenha percebido que se afiguraria bastante improvável. Faltam 48 horas para o início do jogo e ainda não desisti.
Para quem não conhece, descrevo a Escócia numa única
palavra: Imperdível. Quem já cá veio sabe que não exagero. E aos
bem-aventurados futuros visitantes, confiantes nos seus conhecimentos do idioma
local, recomendo que se preparem mentalmente para a seguinte realidade: se é
inglês que os escoceses falam, não foi inglês que vos ensinaram na escola. Eventualmente
o ouvido é treinado, garanto-vos, porém, demora anos. Vale que, apesar do ar
abrutalhado desta gente, predomina a simpatia para com os estrangeiros – não
sendo estes ingleses, claro está – o que facilita a comunicação. E acrescento
um detalhe relevante O verão, aqui, é um mito. Ao contrário do vento, que se
faz sentir forte e quase constantemente.
Retomando o que verdadeiramente interessa, e perante a
hipótese, ainda que remota, de poder ir ao Ibrox ver o Benfica, um amigo desabafou
que, com tantas ausências, no meu lugar não iria. Não poderia discordar mais
deste estado de alma. O meu amor ao Benfica é incondicional. Num certo sentido,
as circunstâncias são irrelevantes na minha vivência do benfiquismo, só
influindo no estado de espírito, nunca nos traços identitários. E convenhamos
que, perspectivando o onze provável a dois dias do jogo, recheado de
internacionais, fica demonstrada a qualidade do nosso plantel. Acredito num bom
resultado!
Jornal O Benfica - 27/11/2020
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