- Recorro a Churchill para exprimir o que penso sobre a vídeoarbitragem no futebol português: “É uma charada, envolta em mistério, dentro de um enigma”. Nem com tecnologia isto lá vai. E, na dúvida, já se sabe para que lado as decisões continuam a cair maioritariamente;
- Em Vila do Conde, fizemos a melhor exibição de que tenho
memória naquele campo. Vulgarizámos um adversário que há vários anos tem sido
dos mais competitivos em Portugal e há poucas semanas esteve a um minuto de
eliminar o AC Milan da Liga Europa. Não é, evidentemente, caso para euforia,
mas reitero o meu entusiasmo para a presente temporada. Relevante mesmo, embora
muito falte para terminar o campeonato e, por isso, pouco signifique, é o
avanço de cinco pontos para o Porto. Um Porto claramente beneficiado pelas
arbitragens neste início de prova, há que dizê-lo;
- A equipa dedicou o triunfo a Luís Santos, técnico de
equipamentos, falecido na semana passada. É perceptível o quanto os jogadores,
actuais e antigos, respeitavam e gostavam de Luís Santos. As equipas também se
fazem destes elementos, cujo trabalho deve ser pautado pela competência,
sobriedade, confidencialidade e solidariedade nos desaires. Pessoas que sabem o
seu papel, cumprindo-o sem qualquer protagonismo numa actividade híper
mediática;
- E dedicou igualmente a André Almeida, vítima de um
infortúnio que o afastará dos relvados por tempo indeterminado, mas longo certamente.
Sou um admirador do André. Poderá não ser um grande jogador da bola, mas é um
excelente futebolista. Pelos muitos títulos conquistados e jogos efectuados
(além dos que ganhará e fará ainda), tem um lugar reservado na história do
clube. Que não haja dúvidas quanto a isso, nem quanto ao seu regresso!
Jornal O Benfica - 23/10/2020
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