As opiniões de Lopetegui divergem da realidade. Depois de
críticas sucessivas e infundadas às arbitragens, agora tenta vender
oportunidades claras de golo e a exclusividade, em causa própria, da vontade de
ganhar. Sejamos sérios: O F.C. Porto, enquanto equipa que precisava de vencer
na Luz, foi indigente. Não é à toa que haja quem, entre os portistas, o apelide
de “Incompetegui”.
Pela forma como apresentou a sua equipa em campo, o técnico
portista assumiu o enorme respeito que sente pela qualidade do futebol
benfiquista, nomeadamente pela sua capacidade em executar triangulações rápidas
a meio-campo e solicitar os seus extremos e avançados. Só assim se justifica
que, a necessitar de uma vitória, tenha utilizado Rúben Neves, Casemiro,
Evandro e Oliver, enquanto os laterais Danilo e Alexsandro pouco arriscaram. E nada
alterou com as substituições, limitando-se a refrescar o seu onze. Esta postura
originou um jogo fechado, carente de oportunidades de golo, de acordo com os nossos
interesses. Bem fez Jorge Jesus em não se aventurar em nome de um Benfica
mítico, aquele que muitos Benfiquistas julgam que não defronta adversários, mas
coitados que a pouco mais poderão ambicionar que se vergarem ao nosso poderio.
Em suma, o apregoado “melhor plantel dos últimos trinta
anos”, o mais caro da história do futebol português, arrisca-se a nada ganhar.
O Benfica, com um plantel injusta e prematuramente criticado por uma
comunicação social ávida de instabilidade na Luz, está a apenas três vitórias
de conquistar o bicampeonato. Não será fácil. No entanto, como diz o cântico,
se mostrarmos a nossa raça, o querer e a ambição, em Maio seremos campeões.
O Benfica - 1/5/2015