Tenho defendido, desde que o investimento na formação
acelerou significativamente e se tornou num dos pilares da estratégia para o
futebol benfiquista, que a aposta em atletas formados no Seixal deverá assentar
na qualidade dos mesmos e nas necessidades do plantel da equipa “principal”, ao
invés de se tornar dogmática, resultado de um decreto.
À semelhança da renovação do contrato de Samaris, o
anunciado prolongamento do contrato de Pizzi é, por conseguinte, uma excelente
notícia porque, além de se tratar de um excelente futebolista,
indiscutivelmente fundamental nos títulos recentes e obviamente com potencial
para manter o seu nível nos próximos anos, confirma que o pressuposto inicial
da composição do plantel refere-se à qualidade intrínseca dos jogadores,
independentemente da idade ou proveniência. As portas estão efectivamente
abertas aos miúdos do Seixal, mas cabe-lhes demonstrar que têm capacidade para ultrapassá-las
e permanecerem no outro lado.
Pode dizer-se que, apesar de alguns hiatos, sempre foi
assim. Não o nego, pois conheço todos os plantéis benfiquistas ao longo da
história com alguma profundidade. O que marca a diferença no presente é a
conjuntura futebolística actual, em que os níveis de investimento e a
concorrência internacional pelo talento atingiram níveis inimagináveis até há
duas décadas e, por isso, indutora de maior necessidade de investimento
criterioso. Hoje, mais do que nunca desde que os passes dos jogadores passaram
a ser transaccionados, é essencial detectar talento e desenvolvê-lo. Poupar em
aquisições, acautelando a competitividade do plantel, permitirá elevar a massa
salarial, sendo esta a única forma de reter talento ou, pelo menos, adiar
saídas de jogadores. Estamos no caminho certo!
Jornal O Benfica - 31/05/2019
Estamos no caminho certo!!!
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