terça-feira, 31 de março de 2020

Mais fortes


Não sinto particular orgulho pelos excelentes resultados financeiros apresentados pela Benfica, SAD no primeiro semestre da corrente época, no seguimento de vários anos de recuperação económica acentuada do clube e SAD. Mas estou bastante satisfeito e, sobretudo, tendo em conta o estado calamitoso dos nossos adversários, encaro o futuro com elevado e justificado optimismo. Acredito que continuaremos a dominar o panorama desportivo nacional e que poderemos dar um salto qualitativo a nível europeu.

Mas este salto deve ser bem estruturado, de acordo com as possibilidades financeiras do Benfica, de forma a que, uma vez atingido o patamar acima daquele em que nos situamos presentemente – ou seja, passar da presença regular na fase de grupos da Liga dos Campeões à disputa frequente dos quartos-de-final – o façamos sem hipotecarmos a sustentabilidade financeira da SAD, para que não caíamos numa situação desesperada como a que vivem Porto e Sporting actualmente.

Seria fácil concentrar o investimento todo numa temporada e esperar que, bafejados pela sorte, que seria sempre necessária, fizéssemos um brilharete. E se corresse mal?

Para obter (relativo) sucesso continuado a nível europeu (candidato crónico aos quartos-de-final), o Benfica terá de crescer sustentadamente a vários níveis, fomentando a competitividade e estabilidade do plantel. A aposta no Seixal é essencial enquanto complemento da maior capacidade de retenção de talento e das contratações cirúrgicas, que envolvem, necessariamente, extraordinária competência no scouting e poder de investimento. Nada disto será possível sem as magníficas contas que alguns afirmam, errada e até perniciosamente, que “não interessam para nada”...

Jornal O Benfica - 13/03/2020

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